A reciclagem de aparas de papel é uma importante atividade econômica no Brasil. A importância decorre de ser o setor de papel o mais avançado e dinâmico dentro da indústria da reciclagem brasileira.
Mesmo assim, apenas 37% do papel descartado no Brasil vai para a reciclagem. Isso significa dizer que ainda há um longo caminho a ser percorrido.
Para isso, é fundamental que haja disseminação da informação e do conhecimento. Há um grande enfoque na educação ambiental, mas há também o aspecto econômico.
Políticas ambientais avançadas melhoram a visão do país no exterior e atraem investimentos externos. A indústria da reciclagem movimenta e imprime dinamismo às economias locais, na medida em que, com a substituição na matéria-prima in natura pela matéria-prima reciclada, a base da cadeia se transfere para a própria região.
Cinco etapas da reciclagem de aparas de papel
É importante, no entanto, que as pessoas percebam claramente como funciona esse processo de reciclagem de aparas de papel. No mínimo, que seja, o caminho que percorrem até chegar às indústrias na forma de matéria-prima.
Dividimos o processo em 5 etapas, que nos parecem o suficiente para que mesmo uma pessoa leiga possa compreender facilmente o funcionamento da cadeia da reciclagem de aparas de papel.
São cinco as etapas:
- Separação;
- Coleta;
- Transporte;
- Tratamento;
- Transformação;
1. Separação
Tudo começa na separação dos materiais para reciclagem de aparas de papel nas indústrias, estabelecimentos comerciais, condomínios, órgãos governamentais e lares.
É importante que todos incorporem essa prática. O lixo orgânico deve ser separado do lixo sólido. Os materiais sólidos devem ser separados entre si (vidro, metal, plástico, papel).
As aparas de papel devem ser acondicionadas em locais secos, à salvo da chuva e do contato com resíduos orgânicos.
2. Coleta
A coleta do material é feita por cooperativas de catadores, pequenos comerciantes e empresas aparistas.
As empresas aparistas são as mais adequadas quando há grandes volumes de aparas de papel.
Fazer contato diretamente com elas exclui intermediários e aumenta o ganho de quem está fornecendo o material.
Em caso de pequenas quantidades, como em casas, pequenos comércios e condomínios, mesmo que não haja interesse na venda, o material deve ser disponibilizado organizadamente para a coleta, pois entram em cena as cooperativas, que geram renda para milhares de pessoas.
3. Transporte
Quando se comercializa grandes quantidades de aparas de papel, é necessário também que haja veículos de grande porte para fazer o transporte.
Nesse aspecto, as empresas aparistas aparecem como principal vetor de logística da cadeia, com grandes armazéns para guarda e processamento do material e veículos de carga para o transporte.
Lembrando que o transporte pode se dar em até três etapas:
1 – Do fornecedor ao galpão da empresa aparista;
2 – Do aparista à usina de reciclagem de aparas de papel;
3 – Da usina à indústria de transformação.
É claro que há variações, mas é importante registrar a importância do transporte dentro dessa cadeia.
4. Tratamento
Tanto as empresas aparistas, quanto as cooperativas, possuem estrutura montada para fazer o tratamento do material.
No caso das aparas de papel, é feita a separação, a limpeza e o enfardamento do material, para que o mesmo seja pesado e revendido às usinas de reciclagem.
5. Transformação
A fase industrial do processo começa aqui.
Ao chegar às usinas de reciclagem de aparas de papel, o material passa por um processo mais elaborado de purificação antes de ser transformado novamente em pasta de celulose, a matéria-prima da indústria de papel.
A atuação da cadeia da reciclagem de aparas de papel termina na entrega da matéria-prima reciclada nas indústrias. Essa matéria-prima reciclada se juntará à matéria-prima in natura para dar origem a novos produtos.
Esperamos que tenha gostado do conteúdo. Sugerimos assistir a este vídeo caso queira conhecer melhor o processo.