O transporte e armazenagem de aparas de papel velho não é, em si, uma atividade complexa, embora requeira alguns cuidados para preservar a integridade do material, garantindo seu valor comercial.
Outro aspecto importante é a gestão do fluxo do material dentro da empresa produtora das aparas de papel velho e ao longo do processo que compreende da coleta à chegada à indústria de transformação.
Há técnicas e procedimentos para o melhor aproveitamento do espaço, como o uso de caçambas compactadoras no processo de armazenagem e de transporte.
Para que servem as aparas de papel velho?
As aparas de papel velho são produto da atividade de determinadas empresas, particularmente as indústrias gráficas, que produzem esses resíduos em série.
Outros estabelecimentos, como universidades, bancos, escritórios e setores industriais que utilizam papel e papelão como matéria-prima, são produtores desse tipo de resíduo, que possui valor comercial.
O valor comercial está relacionado a uma atividade econômica à qual chamamos de indústria da reciclagem.
Esse material volta à indústria para ser transformado em novos produtos, produzindo uma economia circular, que produz dois efeitos altamente benéficos do ponto de vista ambiental:
- redução drástica do descarte de resíduos na natureza;
- redução da atividade extrativista e da exploração de recursos naturais.
Como armazenar e transportar as aparas de papel velho
Os caminhões-caçamba são os mais comumente utilizados no transporte de sucata. As caçambas compactadoras são muito utilizadas no transporte de aparas de papel velho, uma vez que oferecem a possibilidade de carregar uma maior quantidade do material.
Em empresas que produzem grande quantidade de sucata de papel é comum que as empresas aparistas, responsáveis pelo supply chain da indústria de reciclagem, disponibilizem caçambas onde essa sucata é armazenada até alcançar o limite da capacidade, quando então são trocadas por uma nova caçamba vazia.
O conteúdo armazenado é, então, transportado até o pátio da empresa aparista, onde é feita a triagem e o tratamento do mesmo.
Esse conteúdo passa, em seguida, por um processo chamado “enfardamento”, no qual o papel é acondicionado em fardos, que são a unidade vendida às usinas de reciclagem. Lá, o papel é transformado novamente em pasta de celulose e em matéria-prima.
Essa matéria-prima será revendida aos mais diversos segmentos industriais, como o de fabricação de embalagens e fabricação de papéis para os mais diversos usos.
O desafio do transporte das aparas de papel velho
O transporte das aparas de papel velho ao longo da cadeia é um grande desafio para as empresas aparistas.
É preciso equacionar custos diversos, como: salários e encargos, financiamento dos veículos de carga, manutenção e combustível.
Tudo isso entra na composição de custos e influencia diretamente em dois aspectos-chave do negócio aparista: lucratividade e preços.
Uma má gestão de rotas e aproveitamento da carroceria impacta toda a cadeia, reduzindo o preço oferecido aos fornecedores e aumentando o preço cobrado das usinas de reciclagem. O que impacta no preço da matéria-prima para a indústria, tornando as aparas de papel velho recicladas menos atraentes.
Repare na responsabilidade das empresas aparistas, que encaram desafios comuns às transportadoras, sendo obrigadas a realizar um planejamento impecável de rotas, com o máximo aproveitamento da carroceria, barateando com isso o próprio custo e o de toda a cadeia.
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