Você sabia que o Brasil já realiza a coleta de papel para reciclagem e de outros resíduos há mais de 30 anos? Hoje em dia, a coleta seletiva já se consolidou como uma atividade extremamente importante, pois evita que este material seja descartado de maneira incorreta e acabe poluindo o meio-ambiente.
Conheça as primeiras iniciativas de coleta seletiva de papel e outros resíduos para reciclagem no país.
Quando e onde começou a coleta de papel para reciclagem no Brasil?
A primeira experiência documentada de coleta de papel para reciclagem no Brasil teve início em abril de 1985 no bairro de São Francisco, em Niterói-RJ. Na ocasião, não só o papel foi separado do lixo orgânico e coletado, mas também outros resíduos, como plástico, metal e vidro.
Um dos grandes articuladores do trabalho pioneiro foi o professor Emilio Eigenheer que estudou na Alemanha, entre 1981 e 82. Lá, ele se se interessou pela gestão local de resíduos sólidos e, de volta ao Brasil, mobilizou os vizinhos para a separação do lixo doméstico.
Por cerca de um ano, estagiárias da Universidade Federal Fluminense (UFF) fizeram visitas em todas as residências das áreas selecionadas munidas de material explicativo sobre coleta de papel para reciclagem e outros materiais.
Além disso, a equipe também acompanhou todo o processo de coleta seletiva, que na época era feito por carrocinhas manuais. Em pouco tempo, com o aumento da adesão da população local e, assim, do volume de recicláveis separado, passou-se a utilizar microtratores com carreta acoplada.
Iniciativas de coleta seletiva se espalharam pelo país. Com esse avanço surgiram a organização dos catadores e a formação de associações. Os primeiros registros desses grupos vêm de Porto Alegre-RS, Canoas-RS e São Paulo-SP, onde a prefeitura promulgou, em 1990, um decreto que reconhecia o trabalho profissional do catador.
Atualmente, além de catadores e cooperativas, a população de algumas cidades pode separar o resíduo reciclável, aguardar a coleta de papel e outros materiais recicláveis ou leva-lo até um Ponto de Entrega Voluntária (PEV).
O primeiro destaque de coleta de papel para reciclagem em condomínio
Em 1990, quando ainda pouco se falava em coleta seletiva, o Condomínio Conjunto Nacional (CCN), em São Paulo, deu um importante passo nessa direção. O objetivo na ocasião era diminuir o volume de lixo a ser retirado e melhorar as condições de qualidade de vida, higiene e segurança, tanto para os funcionários da limpeza, quanto para os condôminos.
No dia 10 de março de 1992 foi aprovado e oficializado por assembleia dos condôminos do CCN o Programa Permanente de Coleta Seletiva – iniciativa pioneira em edifícios. A partir daí, todos os resíduos recicláveis: papel, plástico, vidro e metais passaram a ser separados do lixo orgânico e coletados periodicamente.
De acordo com informações do CCN, de 1994 até 2017, estima-se que o programa de coleta de papel para reciclagem no condomínio tenha evitado a destruição de 65.120 árvores, uma vez que para se fabricar uma tonelada do material são abatidas 20 delas. Da mesma forma, cerca de 319 milhões de litros de água foram economizados, já que o papel reciclado exige muito menos do líquido.
Qual o foco da coleta de papel para reciclagem?
A coleta de papel para reciclagem tem como foco o recolhimento de jornais, revistas, livros, cadernos, envelopes, sacolas, formulários, listas telefônicas, embalagens, impressos, papelão, cartolina, entre outros.
Para o melhor aproveitamento do material, especialistas recomendam que se retire elásticos, clipes e outros contaminantes dos papeis. Além disso, é recomendável não molhar nem amassar as folhas, evitando misturá-las com outros resíduos.
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